As piscinas em residências ou de uso coletivo, quando não estão adequadamente tratadas, podem oferecer inúmeros riscos à saúde dos usuários. Assim, todos devem ficar alertas para os cuidados que devem ser tomados para que o lazer, a recreação e a prática de exercícios físicos sejam saudáveis e não ofereçam riscos.
Os produtos utilizados devem ter registro no órgão competente, estar dentro do prazo de validade e dosados conforme prescrição do fabricante e/ou do responsável técnico, propiciando, assim, um processo de desinfecção que garanta a segurança sanitária da água. A verificação do residual de cloro e do pH deve ser realizada de hora em hora pelo operador,...
[Leia mais]As piscinas em residências ou de uso coletivo, quando não estão adequadamente tratadas, podem oferecer inúmeros riscos à saúde dos usuários. Assim, todos devem ficar alertas para os cuidados que devem ser tomados para que o lazer, a recreação e a prática de exercícios físicos sejam saudáveis e não ofereçam riscos.
Os produtos utilizados devem ter registro no órgão competente, estar dentro do prazo de validade e dosados conforme prescrição do fabricante e/ou do responsável técnico, propiciando, assim, um processo de desinfecção que garanta a segurança sanitária da água. A verificação do residual de cloro e do pH deve ser realizada de hora em hora pelo operador, como segurança para o tratamento químico da água.
Os resultados dessas análises devem ser anotados em um quadro visível aos usuários. Com esses cuidados básicos, o risco de usuários de piscinas coletivas adquirirem doenças de transmissão hídrica, tais como conjuntivites, otites, doenças respiratórias e outras enfermidades infectocontagiosas, será reduzido.
Uma das doenças mais comuns transmitidas pela água da piscina e da praia é o “pano branco”, uma doença da pele causada por um fungo. Ela se caracteriza por uma manchinha branca e arredondada na pele que, se não for tratada, se multiplica, podendo cobrir uma grande superfície do corpo.
Também é possível pegar verminose – em casos de águas muito sujas – e doenças do trato digestivo, que causam diarreia. Outra doença grave e que pode ser transmitida em piscinas é a hepatite A. Geralmente, as pessoas ficam mais vulneráveis a pegar estas doenças quando a imunidade está baixa, o que pode ter várias causas, como o estresse, o cansaço e a má alimentação.
A NBR 10818 (NB1219) de 01/2016 – Qualidade da água de piscina – Esse procedimento estabelece os requisitos mínimos para que a qualidade da água de piscina garanta sua utilização de maneira segura, sem causar prejuízo à saúde e ao bem-estar do usuário. São vários os parâmetros que uma piscina deve atender. Por exemplo, quanto à qualidade biológica, não pode conter bactérias do grupo coliforme e/ou staphylococcus aureus. Igualmente, deve ser evitada a proliferação de algas.
Quanto às qualidades físicas, químicas e físico-químicas, a limpidez da água deve ser tal que permita a perfeita visibilidade da parte mais profunda da piscina. A superfície da água deve estar livre de matérias flutuantes, estranhas à piscina, e o fundo da piscina livre de detritos. O pH da água deve ser mantido entre 7,2 e 7,8.
Quando forem utilizados desinfetantes à base de cloro, a concentração de cloro na água da piscina deve ser mantida entre 0,8 mg/L a 3,0 mg/L de cloro livre. A concentração de cloro na água do lava-pés deve ser no mínimo de 3,0 mg/L de cloro livre.
Já para os parâmetros microbiológicos, quando da ocorrência de epidemias ou quando a situação o exigir, recomenda-se a verificação da ausência dos seguintes patogênicos: pseudomas aeruginosa: organismos relacionados com infecções de ouvidos e olhos (otites, conjuntivites etc.); cândida albicans: organismos relacionados com infecções de pele (micoses). Deve-se observar que a contagem de bactérias heterotróficas é outro parâmetro que pode ser verificado principalmente para avaliar a eficiência do tratamento.
Quando da ocorrência de corrosão ou formação de depósitos na piscina e/ou no sistema de recirculação e tratamento, ou quando a água se apresentar com coloração anormal e/ou falta de limpidez, recomenda-se a verificação de outros parâmetros, como teor de sólidos dissolvidos, alcalinidade total, dureza e metais contidos na água (ferro, cobre, manganês ou outros). Caso a água de suprimento não atenda aos parâmetros, a liberação da piscina deve ocorrer somente quando a água do tanque atender às disposições na norma.
Se a piscina for suprida pela rede de distribuição de água potável, deve existir uma separação vertical, sem obstáculos, entre a tubulação de abastecimento e o nível máximo de transbordamento da piscina de pelo menos duas vezes o diâmetro da tubulação utilizada e não inferior a 0,20 m. Os produtos, quaisquer que sejam suas composições, e os sistemas utilizados no tratamento da água de piscina com a finalidade de eliminação de micro-organismos, remoção de material ou suspensão e manutenção do pH, não podem conter ou introduzir substâncias tóxicas ou nocivas ao usuário ou ao meio ambiente nos teores de utilização, devendo adequar a qualidade da água aos requisitos exigidos. Os produtos desinfetantes e sistemas de tratamento utilizados devem possuir residual de fácil determinação, eficácia no mínimo equivalente à do cloro livre, e registro conforme legislação vigente.
A piscina sem tratamento correto pode irritar os olhos e ser uma fonte de infecção. É preciso ter bastante cuidado com os olhos, não só no verão. Conjuntivite, terçol e blefarite são algumas das doenças desta época do ano. Terçol e blefarite surgem na pálpebra e não são contagiosas, enquanto a conjuntivite afeta o olho e é contagiosa.
Créditos: Com informação do Portal Banas Qualidade